31 de janeiro de 2013

Crítica Musical #1: Holy Fuck?

Essa é a primeira das críticas que eu faço para o site, vão ser mais ou menos semanais, nem sempre todo dia. Eu darei notas de 0 (completo desastre) a 10 (MASTERPIECE!!). Vamos começar.


Conheço o Holy Fuck desde 2011. Eles se formaram em 2004, com a premissa de fazer música eletrônica sem o uso de computadores ou "backing tracks", que seriam instrumentos gravados e simplesmente tocados. De acordo com a Pitchfork Media, (que tem definições mais exatas sobre isso :P) "A banda foi formada com o intento de criar o equivalente da música eletrônica moderna sem utilizar das técnicas (looping, splicing, programming) desse gênero).



Desde sua formação, a banda lançou três álbuns de estúdio, dois EPs e alguns singles. Hoje vou falar do mais recente, o Latin, de 2010. Nesse álbum, eles decidiram fazer uma abordagem mais acústica, menos improvisada, mais elaborada. Com apenas um baterista (antes eles tinham DOIS que tocavam AO MESMO TEMPO nos shows), houve mais liberdade em se criar bases de bateria menos monótonas e aleatórias. Isso é o que percebemos rápido.

O disco começa com uma faixa ambiente de 4 minutos, que cresce até lembrar um pouco artistas de noise. No final da faixa, uma sequência de bateria começa, e então começamos a ouvir Red Lights, para mim a melhor faixa no álbum. O riff de baixo é perfeito, me dá arrepios.

Uma coisa interessante sobre essa banda é que, às vezes, há vocais (indistinguíveis, mas vocais). É um conjunto realmente único.

A terceira música, Latin America, outra faixa notável pelo baixo, mas a melodia é ainda mais absorvente, com o teclado quase soltando as notas por si próprio. A bateria é sensacional no álbum inteiro, mas aqui, é 10/10.

Stay Lit, logo após a faixa de número 3, é a mais sentimental com toque de eletrônica, pelo teclado com glitches e os instrumentos de sopro tão bem mixados com o resto da música. A mais bonita e incrível música aqui.

Quinta faixa, Silva and Grimes, é bem parecida com o trabalho anterior da banda, em tomar uma base simples de teclado e criar um universo de sons diferentes. Dependendo de como você ouça, ela pode parecer incrível, realmente ousada ou uma música para encher o CD.

SHT MTN, a sexta faixa, para mim é a mais dançante música do álbum, principalmente pelo pattern da bateria, lembrando o Breakbeat em muitos aspectos, e o cowbell criando um clima incrível, apenas certificado pelos vocais soletrando o nome da banda.

Passando para a sétima faixa, Stilletos, a mais rápida e mais agitada, podemos notar o quanto mais simples o som do Holy Fuck parece, embora seja bem menos minimalista que o segundo e principalmente o primeiro álbum (ambos são improvisados).

Lucky, com amostras dos vocais difusos e quase inexistentes, tem um ritmo envolvente, caracterizado pela melodia cortada e vários instrumentos no ambiente, coisas que em todas as músicas estão presentes.

P.I.G.S., a última e mais longa música do álbum, tem um refrão 8-bit que, para mim, mostra o quanto a banda quer inovar de novo, criar um som ainda mais profundo e único, sem se restringir nem aos padrões de música eletrônica nem aos do indie, algo que desde o início me chamou a atenção sobre essa banda.

No mais, digo que esse é um avanço para a banda, um marco e um álbum realmente único.

Nota final: 9,2


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